A estudante brasileira de Medicina Raynéia Gabrielle Lima, 30 anos, foi morta a tiros na noite de segunda-feira em Manágua, na Nicarágua, segundo relatos locais de pessoas próximas à jovem que foram confirmados pelo Itamaraty. O país vive uma onda de violência desencadeada pela repressão do governo do presidente Daniel Ortega, que tenta sufocar protestos que desde abril exigem sua saída do poder.
De acordo com uma mensagem no Twitter da Coordenadoria Universitária, movimento estudantil que envolve alunos de diferentes universidades nicaraguenses, Raynéia, pernambucana que estudava na Universidade Americana de Manágua (UAM), voltava para casa na noite de segunda-feira quando seu carro foi metralhado supostamente por um grupo paramilitar. A Polícia Nacional divulgou uma nota em que afirma que o disparo partiu de seguranças privados, “em circunstâncias ainda não determinadas” e que vai investigar o caso.
Em nota, o Itamaraty informou que pediu ao governo da Nicarágua esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte de Raynéia, e cobrou de Manágua que identifique os responsáveis pelo crime:
“O governo brasileiro recebeu com profunda indignação e condena a trágica morte ontem, 23 de julho, da cidadã brasileira Raynéia Gabrielle Lima, estudante de Medicina na Universidade Americana em Manágua, atingida por disparos em circunstâncias sobre as quais está buscando esclarecimentos junto ao governo nicaraguense”, disse o comunicado. “O governo brasileiro exorta as autoridades nicaraguenses a envidarem todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo ato criminoso”.
Universidade também se pronunciou
Por meio de um comunicado digital, La Universidad Americana declarou profunda tristeza pela morte da estudante Raynéia. Afirmaram ainda fazer uma referência à pernambucana em sinal de luto e dor e em solidariedade aos estudantes da universidade e de todos os outros lugares do país. Confira:
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/JC On Line/O Globo