O papa Francisco assinou nesta terça-feira, hoje, dia 15, o decreto de canonização de Madre Teresa de Calcutá, conhecida em todo o mundo pelas obras de caridade na Índia, anunciou o Vaticano.
A cerimônia de canonização será em 4 de setembro. A decisão foi tomada numa reunião de cardeais encarregados de examinar a causa da religiosa, que morreu em 1997 e foi beatificada em 2003.
O papa Francisco aprovou um decreto atribuindo um milagre à intercessão de Madre Teresa durante uma audiência em dezembro do ano passado. O pontífice conheceu Madre Teresa, quando ambos participaram do sínodo do Vaticano em 1994. Na ocasião, o hoje papa era arcebispo. Jorge Mario Bergoglio viu nela uma mulher forte, capaz de dar um testemunho corajoso em meio à assembleia de bispos, lembrou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. “Eu teria medo de tê-la como minha superior, já que ela era tão dura”, lembrou o pontífice.
Ganhadora do Nobel da Paz, Madre Teresa morreu em 5 de setembro de 1997, aos 87 anos. Na época de sua morte, a ordem dela, as Missionárias da Caridade, tinha 4 mil freiras, que comandavam quase 600 orfanatos, abrigos e clínicas pelo mundo.
Madre Teresa nasceu na Macedônia como Agnes Gonxha Bojaxhiu em 1910. A religiosa foi beatificada em 2003, em Roma, após o Vaticano dizer que as orações de uma indiana à freira livraram a mulher de um tumor considerado incurável. O milagre necessário para a canonização é relativo à cura inexplicável em 2008 de um homem no Brasil, que havia ficado um dia em coma, segundo o jornal italiano católico Avvenire. O Vaticano aceitou que as orações da mulher do paciente pela intercessão de Madre Teresa foram responsáveis pela cura.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Agencia Brasil