Pedido de demissão ocorreu depois da discussão do ministro com os parlamentares (Foto: Mateus Pereira/GOVBA) Atualizada às 17h40 Depois do embate com os deputados na Câmara Federal, o ministro da Educação, Cid Gomes, pediu demissão do cargo. Ele se retirou da Casa Legislativa, nesta quarta-feira (18), após ter sido chamado de ‘palhaço’ por um dos parlamentares. O agora ex-líder da pasta saiu direto da Câmara para o Palácio do Planalto. O pedido foi aceito pela presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Cid, suas declarações iriam provocar ainda mais desgaste ao Governo e, por conta disso, pediu afastamento do cargo. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) foi o primeiro a anunciar a demissão de Cid. Antes mesmo da oficialização do Governo. O peemedebista afirmou, durante sessão na Casa nesta quarta, que recebeu a notícia da Casa Civil. Ameaça O PMDB chegou a ameaçar deixar a base do governo caso a presidente Dilma Rousseff não demitisse o ministro da Educação, Cid Gomes, depois da participação dele na Comissão Geral da Câmara. “Não há base com a permanência dele. Não existirá base com o governo mantendo um ministro com este tipo de atitude”, afirmou o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). “O PMDB fez a mais formal das afirmações. Afirmou da tribuna da Câmara dos Deputados que deseja e que espera do Poder Executivo uma manifestação a respeito do comportamento do ministro Cid Gomes”, disse. “O ministro atacou não só toda a base do governo, como todo o conjunto da Casa, inclusive a oposição. Aqui não se trata de base ou não base. Trata-se de dar o respeito a esta Casa”. Questionado sobre a ameaça, após deixar o plenário, Cid Gomes jogou a responsabilidade para Dilma. “Muito bem. A presidenta resolverá o que vai fazer. O lugar é dela, sempre foi dela e eu aceitei para servir porque acredito nela.” Pouco depois, o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, teria lhe telefonado e informado que Cid Gomes não é mais ministro.
Fonte: O Estadão