O PSB decidiu na noite desta segunda-feira (24) se posicionar contra as reformas da Previdência, trabalhista e o principal ponto da política. Com isso, o partido caminha para se colocar na oposição ao governo Michel Temer. O pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), disse que o cargo do filho está à disposição.
Caso o partido se coloque mesmo como oposição, o que aconteceria com a entrega do cargo, a base do governo Temer na Câmara perderá 35 integrantes, passando de 411 para 376. Para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) como a da reforma da Previdência são necessários ao menos 308 votos.
“Nós não estamos no governo. É prudente o Palácio do Planalto começar a contabilizar votos a menos”, disse o vice-presidente de relações governamentais do PSB, Beto Albuquerque. “Ninguém que está neste governo é indicação do PSB. Quem tomou a decisão de estar lá tem que se resolver”, afirmou Albuquerque.
O partido resolveu fechar questão contra as reformas defendidas por Temer como prioritárias. Ou seja, os parlamentares ficam obrigados a votar de acordo com a orientação do partido, sob pena de punição.
As punições previstas no estatuto do partido para quem descumprir as decisões em torno das quais se fechou questão variam de advertência a expulsão.
O presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, deixou a reunião dizendo que o PSB “não se vê obrigado a votar matérias que são contraditórias com sua história e com seu programa” e que o partido nunca pediu cargos.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Folha de São Paulo