SÉRGIO MORO DEVE TROCAR DIREÇÃO GERAL DA POLÍCIA FEDERAL

O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, recebeu na semana passada a sinalização de que não vai continuar no cargo no novo governo de Jair Bolsonaro (PSL), que toma posse em janeiro.
O juiz federal Sergio Moro, escolhido para ser ministro da Justiça e da Segurança Pública a partir do ano que vem, está formando o grupo que vai levar a Brasília. Em conversas que tem feito o futuro ministro já deu indicações de que o perfil de sua equipe será de investigação.
O delegado Maurício Valeixo, atual superintendente da PF do Paraná, é um dos principais nomes de Moro, cotado para assumir o posto de diretor-geral da polícia ou fazer parte do primeiro escalão do ministério.
Os dois se conhecem há quase 15 anos e trabalharam juntos em diversos momentos. Valeixo foi diretor de Combate ao Crime Organizado (Dicor), o terceiro mais importante na hierarquia, na gestão de Leandro Daiello na direção-geral da PF. Ele também foi peça-chave na intermediação da prisão do ex-presidente Lula, em abril.
Além de ter um perfil mais administrativo, setor preponderante na sua carreira, Galloro tem pouca proximidade com Moro. O atual chefe da polícia é também membro do comitê executivo da Interpol. Seu mandato vai até 2020.
Em entrevista que deu logo após aceitar o convite de Bolsonaro, ele disse que levará pessoas com quem trabalhou na Lava Jato, mas não quis confirmar nomes. Os superintendentes Luciano Flores, do Mato Grosso, e Erika Marena, de Sergipe, também são cotados para fazer parte do grupo de Moro.
Os dois atuaram na Lava Jato em Curitiba (PR), próximos do juiz. Flores foi quem tomou o depoimento de Lula na condução coercitiva, em 2016. Marena é tratada por policiais e advogados como “mãe” da operação ao ter conseguido associar, com ajuda de outro colega, o doleiro Alberto Youssef ao esquema da Petrobras.
Moro vai a Brasília nesta segunda-feira, dia 19 e deve ficar até quarta em reuniões. O juiz já se reuniu, há duas semanas, com os ministros da Justiça e da Segurança Pública, Torquato Jardim e Raul Jungmann, respectivamente.
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