O delegado Hamilton Caviola, do 1º DP de Campinas, a 100 km de São Paulo, divulgou na noite desta terça-feira, 11 de dezembro, o nome das quatro vítimas que morreram no início da tarde durante um ataque a tiros dentro da Catedral Metropolitana da cidade paulista.
Os quatro mortos eram homens, assim como o atirador, Euler Fernando Grandolpho, 49 anos que, segundo a Polícia Militar, se suicidou após disparar contra fiéis dentro da igreja.
O atirador de Campinas não tinha nenhum antecedente criminal “Foram mais de 20 tiros”, diz padre que rezava missa.
As idades dos quatro mortos não foram divulgadas. As vítimas são:
Sidnei Vitor Monteiro
Jose Eudes Gonzaga
Cristofer Gonçalves dos Santos
Elpídio Alves Coutinho.
Um dos mortos, José Eudes Gonzaga, estava com a mulher, Maria de Fátima, na igreja no momento do ataque.
Ela foi socorrida ao Hospital das Clínicas da Unicamp, baleada em um dos membros inferiores sem gravidade. Outras três pessoas ficaram feridas: Jandira Prado Monteiro, 65, Heleno Severo Alves, 84, e um outro homem de 64 anos.
Apenas Severo Alves segue internado, em estado grave.
O delegado responsável pelo caso, Hamiltom Caviola, disse ao que a investigação do caso está “delimitada”.
A Polícia Civil tentará descobrir as motivações do crime. Uma equipe da polícia passou pelo condomínio em que Euler Fernando Grandolpho morava para colher informações preliminares da investigação.
Foram apreendidos papéis, documentos, notebook e outros itens pessoais que podem ajudar a traçar o perfil do atirador. “O autor do crime morreu. Então imaginamos que teremos uma área de atuação menor. Não precisa prender ninguém. Vamos ter calma para ouvir as testemunhas e demais envolvidos”, disse Caviola.
O delegado declarou que com as informações coletadas, será possível iniciar os trabalhos da Polícia. Um grupo de investigação se reunirá a partir das 9 horas da amanhã dessa quarta-feira, dia 12, na delegacia. “Temos que lembrar que os pais do Euler também são vítimas. Não existe querer trazer pai e mãe para prestar depoimento agora. Eles têm velório e não podem estar diretamente vinculados ao crime do filho. Vamos investigar o caso, respeitando o tempo da investigação, a cidade e a família das vítimas.
ENTENDENDO O CENÁRIO:
Imagens de uma câmera interna da catedral mostram que o atirador estava sentado em um banco próximo aos fundos da igreja. Ele se levanta e atira em pelo menos três pessoas atrás dele. Duas delas permanecem caídas enquanto uma outra se levanta, cambaleante, e vai em direção à porta. Enquanto isso, um grupo de pessoas que estava do lado oposto da igreja também vai em direção à porta. O homem então passa a atirar em direção a elas.
Uma pessoa que estava no centro da catedral fica no chão. O homem então vai até o corredor, atira em direção à saída da igreja e caminha até ela. Ele recarrega a arma e, enquanto isso, uma mulher escondida entre os bancos se levanta e consegue escapar.
O atirador caminha em direção ao altar e sai do campo de visão da câmera. As próximas imagens mostram dois policiais entrando na igreja.
De acordo com a PM, enquanto atirava, Euler Fernando Grandolpho foi atingido por um disparo efetuado por policiais e, ferido, se suicidou o que, na avaliação da corporação, impediu que o homem continuasse atirando contra quem estava dentro da igreja.
Ao lado do corpo, a PM apreendeu duas armas, um revólver calibre 38 e uma pistola.
Os documentos de Grandolpho foram encontrados em uma mochila abandonada dentro da igreja.
Segundo imagens, ele tinha cabelos curtos, trajava bermuda jeans, camiseta azul e óculos de sol. Não há ainda informações sobre a motivação para o crime.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Uol