Integrante da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), denunciou, hoje, os crimes, segundo ele, cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao meio ambiente, que possibilitaram um aumento expressivo de queimadas na Amazônia, e cobrou uma dura medida por parte do bloco contra o presidente brasileiro.
Para Humberto, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao afrouxar as regras de crimes ambientais, desacreditar órgãos competentes, demitir cientistas renomados e apontar ONGs ligadas à preservação da floresta e ambientalistas como culpados pelas queimadas.
“O grande responsável pela maior crise ambiental da história do Brasil se chama Jair Bolsonaro, por suas ações, ideias e visão sobre o tema. Já na campanha eleitoral, ele dizia que as riquezas naturais da Amazônia deveriam ser exploradas, que não demarcaria mais nem um centímetro de terras indígenas e que os índios precisavam trabalhar”, afirmou.
No discurso aos colegas parlamentares, na sede do Parlasul, em Montevidéu, no Uruguai, o senador lembrou que a presença dos povos originários nas terras demarcadas é justamente a maior garantia contra o processo de devastação da floresta. “É indissociável lutar pela Amazônia e denunciar esse governo criptofascista do Brasil. Um governo que odeia a natureza, os índios e condena as políticas de direitos humanos. O Parlasul não pode se omitir a tudo isso”, disse.
O parlamentar ressaltou que o governo Bolsonaro também foi omisso ao não tomar qualquer atitude em relação ao plano de fazendeiros de queimar a Amazônia. Chamada de “dia do fogo”, a ação foi previamente avisada pelo Ministério Público à gestão do capitão reformado, que nada fez.
“Essa é a triste realidade do Brasil hoje. Essa tragédia não acontece por causas naturais, mas sim por ação do homem. E quem incendeia a mata, a partir dos estímulos de Bolsonaro? São maus produtores rurais, em nome do lucro e do dinheiro, que desconhecem o benefício da preservação das riquezas da floresta; são garimpeiros, que exploram ilegalmente riqueza minerais; e grileiros, que adquirem terras que não os pertencem com base na violência”, resumiu.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro -Radar de Notícias/Magno Martins