SOBE O NÚMERO DE INVESTIGAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E MEDIDAS PROTETIVAS CONCEDIDAS PELA JUSTIÇA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Violência contra a mulher precisa ser denunciada, de acordo com a polícia e a Justiça — Foto: Reprodução/TV Globo

Enquanto o número de feminicídios em Pernambuco tem reduzido, a quantidade de investigações policiais e de medidas protetivas concedidas pela Justiça tem aumentado no estado. Com a rede de proteção fortalecida, mais vítimas de violência contra a mulher se sentem encorajadas a denunciar os agressores.

Em Pernambuco, as mulheres estão buscando mais proteção, de acordo com o Departamento de Proteção à Mulher. De janeiro a julho do ano passado, 4.052 mulheres conseguiram medidas protetivas da Justiça para garantir distância do agressor. No mesmo período deste ano, 4.515 mulheres obtiveram amparo da Justiça.

Além disso, também aumentou a remessa de inquéritos policiais à Justiça. Nos sete primeiros meses de 2018, 2.416 inquéritos foram remetidos. No mesmo período deste ano, foram 3.346 inquéritos.

As denúncias podem ser feitas nas delegacias e também pelo Disque 180. Para quem atua no combate à violência contra a mulher, os números mostram que o trabalho vem dando resultado.

“Tem toda uma rede de atendimento formada por organizações não governamentais, nós temos a conquista da delegacia, temos a ação da secretaria estadual, então é toda uma rede que precisa ser fortalecida, essas atividades precisam ser ampliadas, essa equipe precisa ser ampliada. A gente vê confirmada a nossa crença de que vale a pena e devemos ampliar as atividades”, afirma Ana Magalhães, que é gerente de enfrentamento à violência da prefeitura do Recife.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social, de janeiro a agosto de 2018, foram 48 feminicídios. No mesmo período deste ano, foram registrados 37 casos desse tipo de crime em que a mulher é morta apenas por ser mulher.

A delegada Julieta Japiassu, que coordena o Departamento de Proteção à Mulher acredita na força do exemplo: quanto mais agressores punidos, mais mulheres encorajadas e menos crimes ocorrem.

“A gente acredita muito que essa redução aparece também por conta do trabalho da polícia judiciária, que é o trabalho de prisão, de realização de operações de repressão qualificada, que a gente vem fazendo, que é a Operação Libertas, em alguns municípios, prisão de vários agressores e descumpridores de medidas protetivas. E as medidas protetivas: quanto mais se solicita, mais mulheres protegidas nós temos”, declara.

Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro – Radar de Notícias/G1PE

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