BISPO DE SALGUEIRO DOM MAGNUS HENRIQUE É NOMEADO BISPO DA DIOCESE DE CRATO (CE)

O Papa Francisco nomeou, nesta quarta-feira, 12 de janeiro, Dom Magnus Henrique Lopes como novo bispo da diocese de Crato, no Ceará, transferindo-o da diocese de Salgueiro (PE). O prelado assumirá o governo pastoral da diocese que está vacante desde a nomeação de dom Gilberto Pastana Oliveira para a arquidiocese de São Luís do Maranhão.

Nascido no dia 31 de julho de 1965, em Assu (RN), dom Magnus é filho de João Gregório Lopes e Maria do Carmo Lopes (in memoriam). Com 21 anos ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Sua profissão religiosa foi feita em 19 de março de 1992, no Convento Santo Antônio, em Natal (RN).

Foi ordenado diácono a 25 de março de 1996, por dom Antonio Soares Costa, na Basílica de Nossa Senhora da Penha, em Recife (PE), e ordenado presbítero em 21 de dezembro de 1996 pelo mesmo bispo, na cidade de Assu. No dia 16 de junho de 2010 foi nomeado primeiro bispo da diocese de Salgueiro. Foi ordenado bispo na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, em 17 de setembro de 2010, por dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap., então arcebispo de Vitória da Conquista (BA).

Escolheu por lema episcopal “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13). A posse na diocese pernambucana foi no dia 12 de outubro de 2010, na mesma Celebração Eucarística em que a diocese foi instalada, sob a presidência do então núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri.

Além da formação em Filosofia e Teologia, dom Magnus cursou Parapsicologia e Religião, Psicologia, Especialização em Psicologia Clínica Hospitalar, Teologia Moral, entre outras formações de curta duração.

Antes do episcopado, atuou como animador vocacional, mestre de postulantes, ecônomo, vigário paroquial e vigário da Fraternidade Capuchinha, definidor provincial, ministro provincial e vice-presidente da Conferência dos Capuchinhos do Brasil – CCB (2001-2007). Também desempenhou a função de guardião e ecônomo do Convento Santo Antônio, em Natal, além de diretor espiritual de diversos grupos, movimentos e pastorais.

No Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Magnus foi bispo referencial para a missão e representante do mesmo Regional no Conselho Permanente da CNBB.

CONFIRA NA ÍNTEGRA A CARTA DE DOM MAGNUS AS PARÓQUIAS DA DIOCESE:

“CARTA À DIOCESE DE SALGUEIRO.
Aos Caríssimos Sacerdotes, Diáconos, Vidas Consagrada e Religiosa, Seminaristas, Autoridades Constituídas, E, com especial atenção, ao querido Povo de Deus da tão amada Diocese de Salgueiro.

Aos amigos e amigas que, no silêncio dos seus corações, ofertaram a sua vida e suor em prol desta novel Diocese; “A amizade é também um dom pelo qual devemos estar sempre gratos.” (Papa Francisco).

Passados 11 anos do início do nosso comum pastoreio como primeiro Bispo desta tão querida Diocese de Salgueiro, onde também vivemos as primícias do episcopado, chega o tempo de desarmar a minha tenda e partir para onde o Senhor me envia: a nova missão na vizinha Diocese do Crato, para onde fui chamado a pastorear como Bispo.

Reitero, por amor, minha total obediência e comunhão ao Santo Padre e, por igual amor, minha irrestrita fidelidade à Mãe Igreja, ao tempo em que rogo à intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e de Santo Antônio, para com a missão de, inseparável do Espírito Santo, conduzir a já estimada Diocese do Crato.

É hora de um novo começo! Recomeçar deve ser sempre a escola que nos ensina o verdadeiro caminho do se entregar com toda confiança nas mãos de Deus e, também, guiado pelos ensinamentos de São Francisco, guardo no íntimo a certeza de que os recomeços ao labor do Senhor nos lançam à conversão (à nova versão, sempre melhorada), como ele próprio dizia: “Irmãos, vamos recomeçar, pois pouco ou nada fizemos”.

Peço-vos, meus amados irmãos e irmãs, que rezem por mim em vossas orações!

Deixo, também nesta Carta, uma parte (porque a outra parte estará sempre em meu ser) da minha imensa gratidão pela caminhada ao longo destes 11 (onze) anos de nosso pastoreio; pela presença filial, fraterna e amiga no decurso dos desafios enfrentados. Reconhecendo a minha vil condição de pecador, afirmo que, como então pastor (por missão, mas irmão por origem), sempre elevei as minhas orações pelo ouro e pelo bálsamo que cada um retirou do seu vaso de argila – chamado coração! , para oferecer àqueles aos quais a dor e a incerteza assolavam a alma. Impossibilitado de citar nomes, para jamais correr o risco de cometer qualquer falha, coloco a vida de todos nas minhas orações e em cada Eucaristia celebrada. Num misto de despedida, de gratidão e de saudade, “quero trazer à memória o que me pode trazer esperança” (Lm 3,21).

Posso afirmar, com toda a convicção, o que há em meu coração; que sempre testemunhei o amor, a misericórdia (a reconciliação) e a doação com que cada Padre, cada religioso e religiosa, cada leigo ofertava à missão e à edificação desta jovem (e, repito, amada) Diocese. Deus seja louvado pelo serviço de todos vós!

Gratidão aos Padres – e não foram poucos os que comigo enfrentaram os mares bravios e as ondas fortes! –, aos leigos, aos funcionários das Paróquias e da Diocese e, de modo especial, aos funcionários(as) que, na labuta diária, trouxeram-me a formação de uma humana família aqui em Salgueiro.

Um agradecimento aos Bispos do Regional Nordeste II, meus irmãos no episcopado, àqueles que, quando cheguei, encontrei e de quem tive um acolhimento singular que é próprio daqueles que amam, cujos laços fraternos foram com o tempo crescendo e se estreitando. Gratidão àqueles que Deus nos foi enviando ao longo destes 11 (onze) anos.

Aqui ficam, com a esperança de que a cada leitura possa reascendê-los, os bons sentimentos de ternura, gratidão e fé, na certeza de que todos somos “um simples humilde trabalhador na vinha do Senhor”, que lançou as sementes que, pela graça de Deus, sempre hão de reflorescer a cada época certa, no tempo Dele.

As conquistas que aqui vislumbramos são frutos, sobretudo, da ação do Espírito Santo de Deus em todos nós: “eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer. Assim, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas só Deus que faz crescer”. (1Cor 3,6-7).

Lembro-lhes que a oração é uma poesia que recitamos com Fé conforme o pôr do sol da alma ou o quebrar da barra do coração. Que ela seja para nós o elo inquebrável que sempre nos sustentará e nos permitirá a comunhão para com a Santa Mãe Igreja, baseados no Amor.

“Segue teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas, o resto é à sombra de árvores alheias.” (Fernando Pessoa).

Com afeto e ternura de pastor, renovo meus votos de Paz e Bem.
Deus vos abençoe e vos guarde!

Dom Magnus Henrique Lopes, OFMCap.
Administrador Apostólico da Diocese de Salgueiro.”

Veja a carta em PDF

Carta_Dom Magnus_Clero_Despedida_Salgueiro_Jan_2022

Da redação do BLOG RADAR DE NOTÍCIAS – EMANOEL CORDEIRO/CNBB/ DIOCESE DE SALGUEIRO/PASCOM

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