Pernambuco registrou, no final da sexta semana epidemiológica de 2022, que compreende o período entre os dias 06 e 12 de fevereiro, uma desaceleração da variante Ômicron, com queda no registro de casos. O secretário André Longo reforçou, durante a coletiva de imprensa, que os indicadores, no entanto, continuam em patamares elevados. Foram 829 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) na última semana, o que significa 60 casos a menos em relação à semana anterior. Já a positividade para a Covid-19 entre estes casos graves está em 44%, enquanto na semana anterior estava em 54%.
Em relação à solicitação por leitos, a Central Estadual de Regulação Hospitalar, registrou, na semana passada, 629 solicitações por leitos de UTI – 39 a menos do que na semana anterior, o que representa uma redução de 6%. “Estes dados apontam que passamos pelo pico desta onda da Ômicron e chegamos ao platô, mas, como falei antes, com indicadores ainda em patamares elevados. Para se ter uma ideia, neste momento, ainda temos mais de 800 pessoas internadas nos leitos de UTI da rede pública de saúde. Além disso, as mortes pela doença, que costumam atingir o teto 2 semanas após o pico de contaminação, seguem crescendo”, apontou o secretário.
Longo também alertou para a chegada do período de sazonalidade das doenças respiratórias, o que deve impactar no cenário epidemiológico. “Temos uma preocupação adicional com o início do nosso período de sazonalidade das doenças respiratórias, no começo de março, e a possível introdução e circulação da nova subvariante da Ômicron, a BA.2, que traz ainda mais incertezas. Por isso, não podemos baixar a guarda. É preciso muita cautela por parte de todos. A população deve fazer sua parte, cumprindo os atuais protocolos, evitando aglomerações, e se vacinando contra a Covid-19”.
INFLUENZA –
O secretário acrescentou, ainda, a importância da vacinação contra a influenza, principalmente dos grupos de risco. “Precisamos vacinar os mais vulneráveis antes mesmo do início da sazonalidade, para protegê-los o quanto antes. A epidemia da Influenza A H3N2, provocada pela variante Darwin, causou efeitos hospitalares muito maiores do que a própria variante Ômicron. Hoje, vivemos uma desaceleração da epidemia de Influenza, mas precisamos ficar atentos e cautelosos, já que a virulência da cepa Darwin causou muitos danos ao sistema de saúde”. Longo adiantou que Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), órgão em que ocupa a vice-presidência para o Nordeste, solicitou ao Ministério da Saúde a antecipação da vacinação anual contra a influenza, especialmente nos Estados em que, historicamente, o período de maior ocorrência das doenças respiratórias é observado de março a maio – como é o caso de Pernambuco.
Da redação do BLOG RADAR DE NOTÍCIAS EMANOEL CORDEIRO/SES PE