É com um Congresso renovado nas duas casas, que o presidente eleito Jair Bolsonaro, (PSL) vai ter que discutir como aprovar as promessas de campanha.
Na Câmara, há 20 anos não havia uma renovação tão ampla. Foi também a maior renovação no Senado desde a redemocratização do Brasil. O Senado passa a ter 21 partidos.
Para aprovar, por exemplo, uma proposta que mexe com a Constituição e que precisa de pelo menos 49 votos dos 81 senadores, Jair Bolsonaro vai ter que negociar com os partidos menores.
Na Câmara, as negociações tendem a ser mais complicadas por causa do número ainda maior de partidos – 30 elegeram deputados – vai ser uma dificuldade a mais para costurar apoios: 148 deputados de 8 partidos devem fazer oposição a Bolsonaro.
PT – 56
PSB – 32
PDT – 28
PSOL – 10
PCdoB – 9
PROS – 8
PV – 4
Rede – 1
Ao lado do novo governo vão estar:
O PSL, partido de Jair Bolsonaro, que aumentou de 8 para 52 deputados. Até agora é a segunda maior bancada da Câmara, mas pode crescer com a adesão de deputados eleitos por partidos que não cumpriram a cláusula de barreira;
O PTB, com 10 deputados eleitos
E o PSC, com 8 deputados.
O “Centrão”, que reúne muitos partidos, também vai ser decisivo:
DEM – 29
Progressista – 37
PSD – 34
PR – 33
PRB – 30
Solidariedade – 13
Analistas afirmam que o PPS, com 8 deputados, o MDB, com 34 e PSDB, com 29 vão ser o fiel da balança.
Na avaliação do analista político Juliano Griebeler, Bolsonaro vai ter que negociar com os partidos de centro para conseguir apoio.
“Ele vai ter que negociar com os demais partidos, com os partidos de centro, para conseguir construir esse apoio. Ter a capacidade de aprovar uma PEC, uma emenda constitucional, mas ele não vai conseguir fazer isso sem, de fato, negociar com as demais lideranças partidárias”, disse.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Tribuna Livre-Rádio Frande Serra Fm