DIETA VERSUS DOENÇAS
Os nutracêuticos vem ganhando força nos últimos 20 anos, com descobertas incontestáveis sobre seus benefícios em relação à saúde. Como terapia complementar, os nutracêuticos têm demonstrado grande utilidade, principalmente no manejo de doenças complexas e de difícil tratamento, como é o caso de desordens metabólicas e neuropsiquiátricas.
É interessante notar que a sociedade moderna, no geral, apresenta alta incidência de doenças que não eram comumente observadas no passado, como estresse, depressão, fadiga extrema, câncer, entre outras. No entanto, alguns povos, mesmo vivendo nessa época, apresentam baixa incidência de doenças.
Os esquimós , por exemplo, com sua alimentação baseada em peixes e frutos do mar, ricos em Ômega 3, apresentam baixa taxa de doenças cardiovasculares. Os franceses e boa parte do povo europeu, especialmente aqueles residentes em países banhados pelo mar Mediterrâneo, consomem grandes quantidades de peixes, oliva, chás e vinho( principalmente tinto) que é rico em polifenois e resveratrol. Nessa região, é notável quando percebemos a relação da dieta e a baixa incidência de doenças. Esses povos, no geral, apresentam menor incidência de doenças cardiovasculares, como a hipertensão, obesidade, câncer, sem contar a melhor qualidade de vida.
Quando ingerimos Ômega 3 diariamente, as suas ações terão efeito lipolipemiante ( principalmente sobre os triglicerídeos plasmáticos), anti-agregante plaquetário e anti-inflamatório. Diversos estudos têm confirmado que o Ômega 3 pode ser benéfico para a saúde cutânea, uma vez que exercem efeito anti-inflamatórios e imunomodulatórios. Esses estudos também tem demonstrados que o Ômega 3 podem proteger o coração e os vasos, melhorar o funcionamento das articulações, olhos, Sistema Nervoso Central e atuar em diversas doenças inflamatórias e auto-imunes.
Estudos da Universidade de Minnesota demonstram que fumantes que têm dieta alimentar rica em peixes são menos suscetíveis de desenvolver doenças obstrutivas crônicas pulmonares como bronquite e enfisema. O estudo incluiu 8.960 indivíduos fumantes.
Doença de Alzheimer e demência- em recente estudo publicado em 2002 no British Medical Journal foi demonstrado que pacientes idosos que se alimentam de peixe no mínimo, uma vez por semana têm risco significantemente mais baixo de desenvolver demência. Os ácidos graxos Ômega-3 encontrados no óleo de peixe mantêm o bom funcionamento do cérebro e aumentam a capacidade de regeneração das células nervosas.
O óleo de peixe traz benefícios relevantes aos pacientes com doença de Crohn e colite ulcerativa. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine em 1996 demonstrou que ácidos graxos Ômega-3 de cadeia longa reduzem significantemente recidivas em pacientes com doença de Crohn. Em pacientes com colite ulcerativa crônica, suplementos com óleo de peixe reduzem o requerimento de corticosteróides, melhoram a histologia intestinal e retardam a evolução da doença.
Benefícios do ômega 3:
Reduzem em 25 a 30% os níveis de triglicerídeos
Reduzem em 45% a morte súbita cardíaca
Reduzem em 50% o uso de anti-inflamatórios na artrite
Melhoram em 83% os sintomas do lúpus eritematoso sistêmico
Por: Dr. EDILSON SILVA BATISTA