Criador do jogo “Baleia Azul” está preso e aguarda julgamento, investigadores dizem que o homem tem mente diabólica

Baleia Azul’: esse é o nome do jogo que está gerando muitas reportagens que mostram como famílias inteiras estão assustadas. O jogo, que teve sua trajetória iniciada na Rússia, já teria ganho muitos adeptos no Brasil, onde diversos casos estão sendo investigados. No país governado por Vladimir Putin, a “brincadeira” já teria causado pelo menos cem mortes.

Filipp é acusado de ter desencadeado pelo menos quinze morte de crianças e adolescentes em todo o planeta. A acusação contra ele é por ter incentivado os suicídios, através dos chamados ’50 Desafios’. A mente do rapaz é chamada de ‘diabólica’ por investigadores que acompanharam a sua trajetória, e, acredita-se, ele possa também ser responsável pelo desencadeamento do jogo por todo o mundo.

De acordo com o jornal ‘Pravda’, Filipp, o criador do ‘Baleia Azul’, sofre de uma doença psicológica. O jovem seria bipolar e, por isso, tem crises agudas de humor. Durante a infância, ele teria sido abusado e maltratado diversas vezes. Até que seu julgamento acontece, o tutor do jogo do suicídio, aguarda uma resposta da justiça em São Petersburgo, na Rússia, onde está internado em um hospital psiquiátrico.

A Polícia Civil prendeu um homem no Rio de Janeiro nesta terça-feira sob suspeita de ter feito 40 vítimas com a prática criminosa conhecida como Baleia Azul, em que usuários de redes sociais influenciam adolescentes a completar 50 tarefas, incluindo automutilação e suicídio. Matheus Silva, 23 anos, foi detido em Nova Iguaçu durante a Operação Aquarius, coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Ele ficará em prisão preventiva.

A operação tem o objetivo de cumprir ao todo 24 mandados de busca e apreensão também nos estados de Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Foram envolvidas 24 equipes de policiais em 20 cidades de todo o país, com pelo menos três agentes em cada uma. Ao todo, pelo menos 72 policiais estão envolvidos na ação.

Até o momento, dez curadores —pessoas que dão as coordenadas das tarefas para as vítimas — são investigadas, segundo a delegada. Este número apenas não é maior, de acordo com ela, porque a polícia não teve a colaboração das empresas de tecnologia e redes sociais, como Facebook e Google, apesar de determinações da Justiça, para obter os dados cadastrais dos suspeitos de envolvimento com o crime.  O “modus operandi” dos curadores envolvia perfil falso no Facebook.

Márcio Santos, policial especialista em tecnologia da informação, afirmou que a prática teve início na Europa e prevê desafios, incluindo um corte a uma profundidade que pudesse expor a veia da vítima. Segundo a delegada Fernanda, a motivação para permanecer no desafio criminoso era subjetiva, mas as vítimas entravam em depressão e sofriam pressões do curador caso o abandonassem, como ameaça de morte a ela ou a algum membro da família. As investigações detectaram uma criança de nove anos, prestes a se tornar vítima da prática.

A delegada Daniela Terra, titular da DCRI, afirmou que muitas crianças chegavam à delegacia com muitos cortes e fez um alerta aos pais para que acompanhem a vida virtual das crianças nas redes sociais. De acordo com ela, a idade mínima para o cadastro no Facebook é de 13 anos de idade. A inscrição de alguém com idade inferior é crime, cuja responsabilidade é dos pais. Segundo as delegadas, a Secretaria da Educação do Rio de Janeiro foi oficiada para auxiliar na identificação de possíveis vítimas. Conforme as delegadas, ao longo das investigações, foram constatadas diversas mortes pelo Brasil.

As delegadas afirmaram que a operação teve início com uma análise prévia das redes sociais para saber se o desafio realmente existia e, com isso, evitar mortes. Elas disseram que, pelo fato de as vítimas não procurarem a delegacia especializada, foi necessário fazer rondas virtuais para apurar informações. Segundo as delegadas, a operação terá uma segunda e, talvez, terceira fases.

Serviço importante: contra pensamentos suicidas existe o trabalho do CVV, o Centro de Valorização da Vida. Para entrar em contato, basta ligar gratuitamente para o número 141. O atendimento também pode ser feito vinte e quatro horas por dia através da internet e em todo o território nacional.

Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Blasting News/Revista Veja

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