Ganhou repercussão nacional o caso do prefeito de Camaragibe (PE), na Região Metropolitana do Recife (RMR), Demóstenes Meira, o qual teria exigido que todos os servidores comissionados participassem de um show da noiva dele, a cantora Taty Dantas, que também é secretária de Assistência Social do município. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deu início às investigações para analisar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pelo gestor.
No último domingo, dia 17 de fevereiro, supostas irregularidades vieram à tona após o vazamento de áudios atribuídos ao prefeito da cidade. Em tom de ameaça, Meira garante que iria filmar o evento para checar quais funcionários foram ao local. Uma comissão formada por vereadores da oposição afirmou que o prefeito estaria usando o cargo público para benefício próprio.
O Procurador-Geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, determinou à assessoria criminal do gabinete da Procuradoria Geral de Justiça abrir uma investigação criminal para apurar se o gestor cometeu crime de peculato (quando há uso indevido de recursos públicos para patrocinar fins privados e pessoais).
Como os prefeitos possuem foro privilegiado, uma eventual responsabilização criminal ficará a cargo do procurador-geral. Em relação à prática de improbidade administrativa, Francisco Dirceu Barros encaminhou o material à Promotoria de Justiça de Camaragibe. Segundo a promotora de Justiça, Mariana Villanova, diante dos fatos, um inquérito civil será aberto para investigar a conduta do prefeito.
Em nota oficial, a Prefeitura de Camaragibe informou que o prefeito não forçou nenhum funcionário a comparecer ao bloco. E que, na verdade, foi feita apenas uma convocação dos servidores para apoiar o bloco que é tradicional no município. A prefeitura ressaltou ainda que a administração municipal não patrocinou o evento.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Rádio Jornal