Um vereador foi assassinado com tiros de fuzil na calçada de casa no interior do Ceará. Dois homens foram vistos em uma picape branca efetuando os tiros, afirmam testemunhas. Até o momento, ninguém foi preso.
O ex-policial e vereador em exercício ERASMOS MORAIS (Pros) foi assassinado na manhã desta terça-feira, 07de maio no Crato, no Sertão do Ceará.
Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu no bairro Mirandão, próximo à residência de ERASMO. ”Ele ia buscar o filho autista na escola e foi morto quando saía de casa”, contou uma moradora.
ERASMO era pré-candidato a vereador nas eleições deste ano, mas já estava exercendo o cargo na condição de suplente. Equipes da PM fazem buscas na região com o objetivo de prender os suspeitos.
Em novembro do ano passado, ERASMO (Pros), se envolveu em uma confusão com a vereadora Mariângela Bandeira (PMN), na Câmara de Vereadores do Crato. O tumulto começou por conta de uma discussão acerca do retorno da vaquejada municipal.
No debate, uma ativista da causa animal foi contra o retorno da vaquejada. Os parlamentares pediram que ela explicasse o seu ponto de vista apenas na semana seguinte, e uma confusão se iniciou. Na época, ERASMO afirmou ter recebido ofensas da ativista após contestar o seu ponto de vista, que recebeu apoio da vereadora. O relato da vereadora era de que o vereador adotou força física e apertou o braço dela.
ERASMO MORAIS possuía um histórico controverso. Antes de se tornar vereador, ele foi preso sob a acusação de formação de quadrilha, sendo envolvido em extorsões a donos de veículos irregulares. Ex-policial militar do Ceará, ERASMO foi expulso da corporação em 2002.
Em dezembro de 2010, ele esteve no centro de um caso que o envolvia em acusações de tortura, sequestro e peculato. Na época, a Polícia Federal realizou a “Operação Terremoto”, mobilizando dezenas de agentes federais e membros da Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública. Os processos relacionados a essas acusações foram arquivados em 2011.
Embora Erasmo alegasse que esses acontecimentos não guardavam relação com sua atuação como parlamentar, é relevante mencionar que ele foi suplente e assumiu o cargo de vereador em substituição a Dárcio Luiz.
Além desses fatos, constam registros no Tribunal de Justiça do Ceará referentes a um pedido de reintegração na Polícia Militar do Ceará (PMCE), bem como a um processo relacionado à ação da “Operação Terremoto”. Há também outros processos, incluindo acusações de injúria e um pedido de indenização por danos morais envolvendo o atual prefeito de Crato, José Ailton Brasil. Além disso, Erasmo era alvo de uma acusação de agressão à vereadora Mariângela.
Da redação do BLOG RADAR DE NOTÍCIAS – EMANOEL CORDEIRO/PORTAL CARIRI/O POVO COM A NOTÍCIA