O papa Francisco criticou a resistência interna “malévola” à sua campanha para reformar a burocracia do Vaticano nesta quinta-feira, e disse que leigos de ambos os sexos deveriam ocupar cargos altos se forem mais qualificados do que clérigos.
Pelo terceiro ano seguido, Francisco aproveitou suas saudações natalinas anuais à Cúria, o coração da burocracia da Igreja Católica, para passar um sermão aos cardeais, bispos e outros chefes de departamento a respeito da necessidade de mudança.
O pontífice argentino, que no discurso de 2014 disse que a Cúria dominada por italianos sofria de “Alzheimer espiritual”, listou 12 diretrizes de reforma, incluindo uma coordenação melhor, dedicação ao serviço e abertura “aos sinais dos tempos”.
Em tom enfático, ele reconheceu que tem havido resistência de alguns membros egoístas da burocracia, parte explícita, parte velada e parte hipócrita.
“Mas também tem havido uma resistência malévola”, afirmou Francisco, que fez 80 anos na semana passada, aos cardeais, bispos e monsenhores congregados sob os afrescos da Sala Clementina do Vaticano.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Revista Exame