A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, dia 13 de março, mais um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Agentes estão nas ruas para cumprir 14 mandados de prisão, sendo nove temporárias e cinco preventivas.
Entre os procurados estão pessoas ligadas a um esquema da Secretaria de Administração Penitenciária, entre elas seu ex-secretário, coronel Rubens Monteiro de Carvalho, e o diretor-geral de Polícia Especializada, delegado Marcelo Martins.
Atuam na operação ainda agentes do Ministério Público Federal e Estadual. Eles investigam, respectivamente, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção, além de peculato e fraude de licitação.
Segundo o MPF, foram desviados R$ 73 milhões dos cofres públicos.
O Tribunal de Contas do Estado afirma que a Secretaria (Seap) pagava duas vezes pelos pães que eram fornecidos aos presos. Eram dois contratos: um para fornecimento do pão e outro para a compra de ingredientes.
De acordo com o projeto inicial, era prevista uma profissionalização dos presos, onde a Seap contratava uma ONG para gerir um projeto de padaria.
Em maio do ano passado a fraude foi descoberta quando uma auditoria do TCE apontou que os contribuintes compravam o pão já pronto além de farinha para seu preparo.
O projeto, de acordo com o MPF, era para incentivar presos que quisessem trabalhar na padaria. Com isso, a cada três dias de trabalho, um dia era reduzido da pena. Entretanto, o trabalho de auditoria detectou falha no controle e há suspeita de que presos que não trabalhavam também se beneficiaram.
O TCE constatou ainda a ausência de uma folha de presença, portanto, ficou impossível de se comprovar que o serviço foi realmente prestado pelos presos.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Roberto Gonçalves/Jovem Pan