Após uma reunião iniciada à tarde e finalizada às 19h desta terça-feira, dia 10 de maio, a Executiva do PSB decidiu que o partido não vai integrar o iminente governo Michel Temer (PMDB) com cargos. Foram 22 votos contra a participação na gestão peemedebista e oito favoráveis. As bancadas da legenda na Câmara e no Senado queriam contribuir mais de perto com o atual vice-presidente, mas na Executiva, como se comprovou por meio da votação, a opinião era em sentido contrário.
Após a reunião, a Executiva nacional do PSB divulgou um documento em que reitera os dez pontos de uma agenda mínima para o país, já proposta ao vice-presidente Michel Temer. Essa agenda prevê, por exemplo, a reengenharia do Estado, a adequação das políticas fiscal, monetária e cambial, a adoção de estratégias de desenvolvimento e a preservação dos direitos sociais conquistados na Constituição de 1988. A carta também traz críticas à presidente Dilma Rousseff (PT).
Estiveram presentes no evento desta terça-feira o governador Paulo Câmara, que é vice-presidente nacional do PSB, e o prefeito do Recife Geraldo Julio, primeiro-secretário nacional do partido. Os pernambucanos defendiam que o PSB contribuísse com o governo Temer sem a participação em ministério, adotando a postura de “independência” implementada após o romper a aliança com o PT em 2013.
Já o senador Fernando Bezerra Coelho era favorável à participação socialista na futura gestão Temer uma vez que o seu filho, o deputado federal Fernando Filho, estava cotado para ocupar a pasta da Integração Nacional. O parlamentar pernambucano ainda pode ser ministro, mas na condição de cota pessoal do peemedebista e sem representar politicamente o PSB uma vez que a postura socialista será de não referendar qualquer escolha feita pelo futuro presidente.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Agência O Globo