REVOLTADOS COM FECHAMENTO DE CASAS DE FARINHA, MORADORES PROTESTAM COM QUEIMA DE PNEUS EM MARCOLÂNDIA – PI

O tráfego de veículos foi interrompido na manhã desta quarta-feira, 21 de agosto, na BR 316, no perímetro da cidade de Marcolândia, próximo à divisa entre os Estados do Piauí e Pernambuco.
Segundo informações extra-oficiais, a manifestação foi realizada por trabalhadores de fábricas de farinha que estariam funcionando de forma irregular e teriam sido interditadas em uma ação do Ministério do Trabalho, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.
Revoltados, os trabalhadores atearam fogo em dezenas de pneus na rodovia, bloqueando a passagem de veículos.
O clima no local ficou tnso e a Polícia Rodoviária Federal negociou um acordo com os trabalhadores para liberar a rodovia.
A cidade de Marcolândia é um dos principais pólos de beneficiamento da mandioca na região e as fábricas de farinha são uma das principais opções de emprego da população. O fechamento das fábricas resultaria no desemprego de centenas de pessoas.
“Eles querem é matar os pobres, porque aqui em Marcolândia se fechar as fábricas o povo morre de fome, pois muita gente depende dessas casas de farinha para sobreviver.”, disse Neide Arruda.

De Teresina, onde cumpre agenda, o prefeito Francisco Pedro de Araújo, o ‘Chico Pitú’, repassou a a imprensa as manifestações estão sendo promovidas pelos proprietários das fábricas de farinha e trabalhadores, munícipes ligados diretamente a mão-de-obra. Preocupado com os acontecimentos, o prefeito relatou ainda a previsão de aumento nos protestos, que até o momento já interdita a entrada da BR-316 (sentido Picos – Marcolândia) com a queima de pneus feita pelos manifestantes. De acordo com protestantes no local, o objetivo é interditar também a BR-316 no lado do Pernambuco, na divisa do estado (sentido Marcolândia – Araripina).

Da capital, o prefeito ‘Chico Pitú’ busca uma viabilizar uma reunião com a superintendência da PRF-PI e ainda entrar em um consenso para regularizar as condições exigidas pelo Ministério do Trabalho, porém, sem que haja prejuízo para os trabalhadores, os quais a maioria prefere permanecer na informalidade, dedicando-se a chamada ‘farinhada’ apenas nos períodos em que houver a mandioca.

Os donos de fábrica de farinha justificam a produção feita sem vínculo empregatício, com pessoas trabalhando quando chega a matéria prima da mandioca, e não o dia todo. A cada nova carga, é negociado um serviço temporário para atendimento daquela empreita.

Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro – Radar de Notícias/Andrade Neto/Cidades na Net/Infonews
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