Senadores tentavam até a última hora costurar acordo com o STF (Supremo Tribunal Federal) para que Renan Calheiros (PMDB-AL) continue na presidência do Senado. A solução passaria pelo voto que o ministro Dias Toffoli levará nesta quarta (7) ao plenário, sugerindo que o peemedebista não assuma a Presidência da República em caso de ausência de Michel Temer, mas que siga onde está.
Para que o acordo vingue, ministros que já votaram pelo afastamento de réus de cargos da linha sucessória da Presidência teriam que mudar de opinião. “Ainda falta uma madrugada de conversas”, dizia um magistrado na noite de terça (6) quando questionado sobre o que afinal o plenário do STF fará hoje diante da confusão.
Um dos interlocutores do Senado em busca de um acordo com o STF foi justamente Jorge Viana (PT-AC), que é vice-presidente da Casa e assumirá o cargo caso Renan seja afastado. “Por incrível que pareça, ele não quer”, diz um parlamentar que convive com o petista. Viana estaria com receio de assumir o Senado em momento de grave crise.
Jorge Viana só assinou a carta da Mesa Diretora que comunicou que a decisão de Mello de afastar Renan não seria cumprida numa segunda versão, amenizada.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Folha de São Paulo