STF autoriza Pizzolato a cumprir regime semiaberto

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, a cumprir pena em regime semiaberto.

Condenado no mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato fugiu para a Itália, foi extraditado para o Brasil em 2015 e desde então cumpre pena na Papuda.

Ele fugiu para o país europeu, onde entrou com o passaporte de um irmão morto há mais de 35 anos, para evitar ser preso no Brasil, mas foi localizado e preso no início de fevereiro de 2014 em uma operação da Interpol em Maranello, norte da Itália, por uso de passaporte falso.

Pizzolato terá que pagar multa de R$ 2.175 por mês, até o valor total de R$ 2 milhões. A proposta foi feita por sua defesa e aceita pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

“Não há registro do cometimento de falta disciplinar de natureza grave ou mesmo notícia de que o sentenciado haja incorrido em mau comportamento carcerário. De modo que considero atendido o requisito (para progressão de regime)”, escreveu Barroso na decisão.

CONDENAÇÃO DE HENRIQUE PIZZOLATO

CRIMES Corrupção passiva, peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro

PENA 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais uma multa de R$ 1,3 milhão

O QUE ELE FEZ Em 2003 e 2004, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões que a instituição tinha no fundo Visanet para a DNA, agência de publicidade do empresário Marcos Valério que tinha contrato com o BB e foi usada para distribuir dinheiro a políticos. Pizzolato recebeu R$ 336 mil do esquema

O QUE ELE DISSE Pizzolato afirmou durante o julgamento que o dinheiro que recebeu era destinado ao PT e foi entregue a um emissário do partido. Ele se queixou do fato de que outros executivos do banco autorizaram repasses de recursos do Visanet e não foram processados. Ele nega que o dinheiro tenha sido desviado para o mensalão.

Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Folha de S. Paulo  – Letícia Casado

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